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Cooperação
Qualificar o Turismo Ativo

Em 2013, o turismo nos Açores prometia ganhar novos impulsos. O advento das companhias aéreas de baixo custo estava para breve – aconteceu dois anos depois, primeiro em Ponta Delgada – e havia que preparar o setor não só para o previsível aumento da procura, mas também para uma oferta que se quer de qualidade.  Foi nessas circunstâncias que a GRATER e a ADELIAÇOR juntaram forças, num projeto interterritorial a que intitularam “Qualificar o turismo ativo”.

O plano de ação tinha em vista, no fundo, o aumento da competitividade dos agentes turísticos locais, através da valorização do potencial endógeno. Em causa estava a qualificação dos recursos humanos e das empresas, a elaboração de uma aplicação para telemóveis, a promoção da participação dos empresários dos Açores em feiras nacionais e internacionais de turismo e a promoção do turismo ativo nos Açores, através de um vídeo. Os objetivos cabiam em ambas as Estratégias Locais e, por isso, os dois Grupos de Ação Local decidiram unir-se num projeto de cooperação financiado a 90% pelo Programa para o Desenvolvimento Rural da Região Autónoma dos Açores (num investimento total de 91.945,38 euros), com a intenção de, acima de tudo, trazer mais valor, dignificar e promover a qualidade de vida aos territórios envolvidos no projeto.

A ideia foi trazida a público a 30 de novembro de 2013. A partir daí, as duas associações desdobraram-se em atividades que juntaram muitas empresas do setor turístico nos Açores. A primeira aconteceu logo em dezembro: um curso de socorrismo e resgate, onde se pôde aprender técnicas para a desobstrução das vias aéreas, técnicas de imobilização, procedimentos de suporte básico de vida. Informações relevantes para quem desenvolve a sua atividade nesta área, defendia o formador Timothy Lima. “Mesmo não se tratando de profissionais de saúde, se tiverem estas formações e os meios adequados podem fazer toda a diferença numa situação imprevista. Há práticas que acarretam algum risco e imprevisibilidade, como o mergulho, e é fundamental saber como agir perante essas circunstâncias”, considerava o enfermeiro.

O projeto “Qualificar o turismo ativo” avançou ainda com formações relacionadas com a interpretação do meio natural, com o professor da Universidade dos Açores, Eduardo Dias; interpretação do meio marinho, com o biólogo João Pedro Barreiros; manobras de aproximação de animais, com o formador Marco Santos; percursos pedestres, com o presidente d’Os Montanheiros, Paulo Barcelos; manobra de cordas e escalada, com António Soares; mergulho e inglês técnico. Ao todo foram 12 formações de níveis um e dois, 50 formandos credenciados e 20 empresas aderentes.

O ponto alto deste projeto de cooperação, no entanto, aconteceu em junho de 2014, com a organização do “Azores Adventure Weekend”. Durante dois dias, as ilhas Terceira e Graciosa fizeram turismo dentro de portas. Mais de 500 pessoas experimentaram mergulho, observação de cetáceos, BTT, passeios pedestres e canyoning. Já as empresas puderam angariar novos clientes, não só os entusiastas da ilha, mas também os hotéis, grandes promotores das atividades desenvolvidas pelos empresários de turismo de natureza. “Com este evento pretendíamos, e conseguimos, aproximar as empresas dos clientes locais, dar-lhes a possibilidade de conhecerem os serviços disponibilizados, para que deles possam usufruir, mas também, e acima de tudo, para que se tornem agentes de divulgação do que aqui se pode fazer”, avançava o então presidente do conselho de administração da GRATER, Osório Silva.

Nas empresas, era e é colocada a esperança sobre a diminuição da sazonalidade do turismo na Região. “Os dados estatísticos demonstram que os turistas permanecem cada vez mais tempo no arquipélago, nomeadamente nas ilhas em que intervimos. É esse o caminho a seguir e a GRATER, com esta pequena iniciativa, também está a contribuir para reforçar a competitividade deste setor, que é estratégico para o futuro e para o desenvolvimento dos Açores”, considerava o responsável.

Nesse fim de semana movimentado, foi também apresentada a “Azores Adventure”, uma aplicação para telemóveis que reúne informações sobre as atividades e empresas de turismo de natureza disponíveis na Região em cinco idiomas diferentes: português, inglês, espanhol, alemão e francês.

Os impactos do “Qualificar o turismo ativo” prolongaram-se. Em 2015, a GRATER apoiou a participação de sete empresas em feiras internacionais. Holanda, Espanha e França foram os países onde os parceiros do projeto puderam, com o apoio do organismo, mostrar os seus produtos e serviços.

Alexandre Jacinto, da Octopus, foi um dos empresários que estiveram presentes em Madrid – tal como a Nautigraciosa – no Dive Travel Show. “Nestas feiras estamos a concorrer com outros destinos, até mais conhecidos, como as Caraíbas ou as Maldivas. Mas o turismo de natureza é cada vez mais procurado e o destino Açores, um destino europeu e seguro, está muito bem qualificado”, disse, considerando que “parece haver uma tendência de busca por destinos menos procurados pelas massas”, sendo que o arquipélago açoriano se enquadrava e enquadra nesse cenário.

Foi por isso, pela certeza de que a Região tem um espaço relevante no turismo de natureza, que foi equacionado e trazido ao terreno o “Qualificar o turismo ativo” – uma iniciativa que deixou mais bem preparados os agentes do setor, representantes por excelência do bem receber açoriano.

Os impactos desse projeto foram discutidos anos mais tarde, no I Encontro de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, organizado pela Direção Regional do Desenvolvimento Rural e pela Federação Minha Terra, e que aconteceu, precisamente, na ilha Terceira. Nessa ocasião falou-se de cooperação, e a Associação de Desenvolvimento Regional levou a debate este projeto que tornou mais próximas e competitivas as ilhas Terceira e Graciosa.

Qualificar o turismo ativo

Investimento elegível:
91.945,38€
Despesa pública: 82.750,85€
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Qualificar o Turismo Ativo
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